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A raiva como escudo. Escudo como proteção. Proteção contra o que? O x da questão.
Procurar o espinho que machuca o coração. Arranca-lo de uma vez, para que não volte a incomodar. Procurar nos cantos mais profundos da alma, da memória, dos pensamentos, do coração, da imaginação. E quando achar, com a maior sensibilidade e calma do mundo, rodeando-o, e esperando a hora certa, tira-lo e joga-lo fora, muito longe, para que ele não volte a cravar no lugar errado. Se por acaso a sensibilidade faltar, o estrago pode piorar e sem querer, podemos cravar o danado mais fundo, machucar cada vez mais, e então, a raiva como escudo, nunca vai acabar.